Shiva é um dos deuses supremos do hinduísmo, conhecido também como “o destruidor e regenerador” da energia vital; significa o “benéfico”, aquele que faz o bem.
Shiva também é considerado o criador do Yoga (Ioga), devido ao seu poder de gerar transformações, físicas e emocionais, em quem pratica a atividade.
De acordo com a doutrina hindu, o deus Shiva pertence a uma Trindade chamada de Trimûrti, formada por Brahma, o deus da criação; Vishnu, o deus da preservação; e Shiva, como o deus da “destruição e regeneração”. Fazendo uma comparação com a Santíssima Trindade no catolicismo, por exemplo, Brahma seria o “Pai”, Vishnu o “Filho”, e Shiva o equivalente ao “Espírito Santo”.
Shiva é representado por uma figura masculina, normalmente sentado na posição de lótus (com as pernas cruzadas), tradicional posição da ioga.
É caracterizado por possuir quatro braços: dois pousados sobre as pernas, o terceiro segurando um tridente (trichula, que simboliza a trindade Trimûrti), e o quarto está segurando um tambor em forma de ampulheta que representa o ritmo da vida determinado por sua música. Na cabeça do deus Shiva existe um jarro de água, que representa o poder deste elemento natural que foi concedido aos homens, e que segundo os hindus simboliza o rio Ganges, na Índia.
Segundo a lenda, Shiva nunca cortava os seus longos cabelos, que seriam a fonte de todo o seu poder e energia.
Na testa, a figura mitológica do deus Shiva tem um terceiro olho (conhecido como o “Olho de Shiva”) que simboliza a inteligência e o fogo destrutivo da renovação. Sobre a cabeça de Shiva ainda está uma lua crescente, que significa a renovação constante da natureza.
O deus Shiva, quando aparece acompanhado de Parvati, sua esposa (shakti), possui também a simbologia do “dualismo do Universo”, do “masculino” e do “feminino” em união. Ou seja, Shiva também é o deus da fertilidade, quando apresentado com Parvati.
Como deus da fertilidade, Shiva é representado pelo Linga (órgão reprodutor masculino) e Parvati pelo Yoni (órgão reprodutor feminino). O “Shiva linga” simboliza a materialização da energia vital que existe dentro do corpo de todo o ser vivo.
Shiva e Parvati tiveram um filho chamado Ganesha, um deus muito adorado na Índia e que, segundo o Hinduísmo, traz fortuna e riquezas.
Ganesha é o deus do intelecto, da sabedoria e da fortuna para a tradição religiosa do hinduísmo e védica.
De acordo com a mitologia hindu, Ganesha é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e considerado um dos deuses mais importantes desta cultura. É adorado principalmente entre os homens de negócio e mercadores, devido ao fato de estar relacionado com a boa fortuna e sabedoria. Caracteristicamente, Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano, com uma grande barriga, quatro braços, apenas uma presa e montado sobre um rato. Cada uma dessas características possuem uma simbologia distinta, que analisa a partir da semiótica da cultura hindu significa:
• Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto;
• Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida;
• Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada, Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade;
• Rato: este é o meio de transporte do Ganesha (vahana), que também representa a sabedoria, talento e inteligência, no sentido de investigar minuciosamente um assunto considerado difícil.
Também conhecido como o “Destruidor dos Obstáculos” (Vinayaka), Ganesha é considerado o símbolo máximo da consciência lógica.
O seu mantra é um dos mais populares na mitologia hindu, pois Ganesha é descrito como o “som primordial” (Om), conhecido também como Omkara ou Aumkara.
Por este motivo, o mantra Om Gam Ganapataye Namah (“eu Te saúdo, Senhor das tropas”) é um dos mais utilizados e conhecidos mundialmente. Na língua tâmil a sílaba om é considerada sagrada e remete justamente à cabeça do deus Ganesha.
Origem e história da deusa da prosperidade e abundância, Lakshmi é uma deusa Hindu que representa a riqueza, sendo ela material, espiritual e mental, além da beleza, abundância e generosidade. Lakshmi é uma deusa que veio do Hindu. Ela é considerada a personificação da riqueza e da fortuna e está associada a riqueza material, além da beleza, abundância e da generosidade. Ela também está muito associada a sorte, a saúde, a riqueza mental, a fertilidade e a riqueza interior.
A deusa é casada com o deus Vishnu, o sustentador do universo. Como resultado de sua beleza e juventude, a deusa é o principal símbolo da força feminina.
Lakshmi é derivada de Laksya, do sânscrito, que significa alvo ou objetivo. Além de toda a sua personificação, para os hindus a deusa também significa boa sorte. Ela é sempre procurada quando existe o intuito de invocar amor, riqueza e poder. Costuma-se associá-la com o símbolo da suástica, com a representação de sucesso e vitória. Em suas imagens, é possível vê-la sentada em uma flor de lótus ou segurando algumas delas nas mãos, além do cântaro com moedas de ouro.
Para os hindus, é muito importante se conectar com a deusa Lakshmi, porque ela fornece prosperidade para toda a família. Por isso, as mulheres hindus são muito próximas da deusa. Elas sempre pedem ajuda para conservar o seu lar saudável e próspero, mantendo a harmonia. Até porque, além disso, Lakshmi é vista como um modelo de esposa a ser seguida. Aos olhos dos hinduístas, ela é a esposa perfeita. Para se conectar à deusa, é necessário fazer um ritual de adoração chamado puja. Essa conexão atrairá abundância para a sua vida e sua família em todos os pontos que já citamos. Para realizar o ritual são necessários três etapas:
• Uma imagem da deusa;
• O ato da adoração que inclui moedas, flores, frutas e alimentos – todos devem ser oferecidos a ela;
• Consumir os alimentos oferecidos após serem abençoados.
Alguns ainda criam um pequeno altar em suas casas para adorar Lakshmi. É só cobrir um local com uma toalha, colocar uma imagem dela em cima, além de uma vasilha com água pura. Pode-se colocar também algumas velas, incenso, moedas frutas da época e flores. Por fim, é só colocar um som de natureza e sentar-se em uma cadeira ou na posição de lótus. Com tudo pronto, comece com o mantra om shreem maha lakshmiyei namaha e feche os olhos. Comece a se ver flutuando em um rio, em cima de uma flor de lótus vermelha bem grande. Lakshmi estará ao seu lado, vestida com seu sari vermelho bordado em dourado. Por fim, converse, diga que lhe trouxe presentes e espera receber em troca sua sabedoria. Em seguida é só deixar a sua imaginação te levar, escute o que a deusa tem para te dizer e aprenda com suas palavras. Por fim, para retornar, se despeça, respire de forma profunda três vezes e abra os olhos.
Na busca pelo néctar a imortalidade, devas e asuras trabalharam juntos para conseguir bater o oceano de leite. Foi necessário uma montanha no meio do oceano, além disso, uma cobra foi amarrado no meio para ser usada como corda. Por fim cada um puxou de um lado para que a montanha conseguisse bater o oceano. Por conseguinte, quando isso começou a acontecer, várias coisas com belezas indiscutíveis começaram a sair do oceano. Entre elas estava Lakshmi sentada em uma gigante flor de lótus.
Hanuman é um deus-macaco extremamente amado na Índia. Ele ensina muito sobre autruísmo ao oferecer tudo para lutar do lado de Rama. Primeiramente, Hanuman é, sem dúvida nenhuma, um dos deuses mais adorados pelos hindus. Por toda a Índia, estão espalhados os templos em sua homenagem.
Ele viveu em função de lutar por Rama, abdicando de interesses pessoais. Ou seja, focado apenas em sua devoção e serviço. O deus é muito buscado por seus devotos quando precisam de ajuda em causas impossíveis. Isso acontece, certamente, por ele ser visto como o ser ideal para auxiliar nas lutas diárias, sem deixar ser enganado pelas ilusões do ego.
Contudo, Hanuman é um deus-macaco e, embora o seu rosto seja semelhante ao do animal, seu corpo é humano. Hanuman abriu mão de tudo para ser devoto a Rama. Sua alegria estava ligada ao do seu senhor. Suas glórias e vitórias foram cantadas para o seu rei. Foi ele quem sempre lutou e protegeu Rama e Lakshmana.
Ele não possuía seguidores, reino próprio e outros luxos, o deus se tornou o maior exemplo de altruísmo. Entretanto, ele é muito adorado por todos os hindus. Assim como vários outros deuses, Hanuman tem várias versões de sua história. Uma delas conta que, Anjana – esposa do rei-macaco Keshari -, foi uma ninfa amaldiçoada, uma apsara. Por isso, ela viveria como uma macaca.
Então, Anjana acabou engravidando de Hanuman após receber uma visita do deus do vento, Vayu. Em contrapartida, outras versões falam que o deus é filho de Shiva, ou de alguma de suas incarnações. Daí por diante, a história recebe várias outras ramificações. Uma outra versão diz que Shiva, ao perseguir Mohini-murti dentro de uma floresta, acaba deixando derramar um pouco de seu sêmen. Inegavelmente, o líquido era considerado super poderoso e, segundo os sábios, não deveria ser desperdiçado.
Em seguida, de forma mística, esse sêmen é colocado em Anjana, que engravida de Hanuman. Por fim, o deus é conhecido como filho de Shiva, Vayu, Pavan-putra e até de uma encarnação de Shiva, chamada Shankar Suvan.
Infância
Em sua infância, Hanuman tentou atacar o sol ao confundi-lo com uma manga. O deus-sol, então, buscou ajuda de Indra. A intenção, afinal, era castigar a criança.
Indra, então, lançou um raio que atingiu o deus-macaco na mandíbula. Seu pai, Vayu, decidiu, assim, punir os deuses pelo evento e começou a tirar todo o ar do universo. As divindades, então, correram atrás de Brahma, pedindo por ajuda. Com relação às suas representações, em Bhaktha Hanuman, um templo hindu, Hanuman aparece representado com as duas mãos em oração. Ou seja, juntas. Enquanto isso, em Veera Hanuman, ele aparece ajoelhado aos pés de Rama.
Essas imagens demonstram toda sua devoção e humildade em relação ao divino. Além disso, o deus é conhecido também como um ser que traz força, sabedoria, coragem, determinação, renúncia e valentia.
O mantra do deus-macaco é Om Hum Hanumate Namaha Certa vez, Hanuman descobriu que Sita passava cúrcuma entre seus fios de cabelo para satisfazer Rama. O deus decidiu, então, passar cúrcuma em todo o corpo para demonstrar toda a sua devoção.
A deusa Saraswati (ou Sarasvati) é a representação da sabedoria, das artes e da música. Ela é a esposa de Brahma, por quem também foi criada para trazer ordem ao mundo e faz parte da Trimurti – trindade das deusas do hinduísmo, ao lado de Lakshmi e Shakti. Além de ser responsável por inspirar as pessoas a viver de forma pura e sem limitações, a deusa Saraswati ensina muito sobre o autoconhecimento. É por meio de suas energias que é possível expandir a visão da mente e superar quaisquer obstáculos emocionais ou espirituais. Embora não seja reverenciada em muitos templos, Saraswati é amada em toda a Índia pelos hindus. A sua atuação como deusa da sabedoria, das artes e da música implica em um culto maior por parte de artistas. Em especial, é bastante comum que músicos a venerem antes de se apresentar em shows e festivais.
Além de músicos, ela protege diversos outros artistas, como pintores, escritores, artesãos, atores e atrizes, entre outros. Professores e estudantes também recebem apoio especial da deusa, pois estão sempre em busca de conhecimento e sabedoria.
Em geral, Saraswati traz paz àqueles que a adoram, sendo uma deusa que fortalece o interior das pessoas que precisam enfrentar as dificuldades da vida por meio do conhecimento. Ela ativa o que está reprimido em cada ser humano, despertando as forças do ser e do desenvolvimento espiritual, emocional, corporal e mental.
Para cultuar a deusa, todo primeiro dia da primavera é realizado um festival chamado Saraswati Puja. É um dia sagrado em que os adoradores da divindade se vestem de amarelo, cor símbolo da sabedoria e prosperidade. As estátuas e imagens de Saraswati também são cobertas de uma belíssima seda amarela.
Durante o festival, os seguidores rezam para a deusa por meio de seus itens relacionados à arte, como canetas, livros e instrumentos musicais. Por ser a deusa do conhecimento, também é durante o festival que muitas crianças aprendem a escrever pela primeira vez. Saraswati normalmente é retratada na forma de uma bela jovem de pele clara e vestindo um sari branco com borda azul. Por não dar valor a bens materiais, não usa jóias ou pedras preciosas.
Possui quatro braços e geralmente costuma estar segurando itens que são símbolos do Hinduísmo, como: uma flor de lótus branca, folhas de palmeira, um vaso d’água ou uma vina, instrumento de música clássica hindu.
Em algumas representações também é vista sentada sob uma flor de lótus (símbolo da sabedoria), assim como muitos outros deuses hindus. Em outras imagens, aparece ao lado do marido, Brahma, ou ainda junto de um pavão ou cisne.
Mantra da deusa Saraswati
Om Aim Saraswati Namah
O mantra da deusa Saraswati é um dos mais poderosos, uma vez que fortalece o autoconhecimento e a sabedoria em sua vida. Trata-se de um canto que invoca e reverencia a deusa, ativando o seu lado artístico, criativo e potencializa a sua inteligência. Significado do Mantra Om Aim Saraswati Namah
• OM: essa primeira palavra do mantra significa “aquilo que protege e abençoa”. É um som que emite a mais pura vibração do universo. E a força que carrega é tão importante que serve de ponte para atingir outros mantras, além de também ser o som do sexto chakra, o famoso “Terceiro Olho”.
• AIM: responsável por guiar a energia mental com intenção de cura, trata-se de uma palavra que mantém a energia do conhecimento e da criatividade de Saraswati.
• SARASWATI: é o próprio nome da deusa hindu como parte de seu mantra.
• NAMAHA: pode ser traduzida como “eu me curvo diante de sua presença”, uma forma de demonstrar respeito e adoração à deusa.
• AUM: tem o mesmo significado que “OM”. Porém, “AUM” simboliza os três níveis de consciência por meio de suas letras. A para o consciente, U para o subconsciente e M para o inconsciente.
Krishna é a oitava manifestação de Vishnu (o deus da preservação da suprema trindade hindu, ao lado de Shiva e Brahma). Seu nome significa “escuro”, graças à sua pele de tom azulado. É representado por um jovem formoso, de corpo forte e cabelos anelados. É a divindade que conta com o maior número de adeptos na Índia e em todo o mundo, ao lado de Jesus e Buda.
Conforme as lendas, o objetivo desse avatar era triplo: destruir as personificações da ignorância que estavam ameaçando o equilíbrio do cosmo (Asuras); tornar-se o centro de desenvolvimento de determinadas escolas devocionais (Bhakti); assumir papel de liderança na grande guerra ocorrida entre os clãs Aryas dos Pandavas e dos Kauravas (o épico descrito no grande livro “Mahabharata”), em que ele também entregaria sua mensagem filosófica por meio do texto conhecido como “Bhagavad Gita” (Sublime Canção).
No mito de Krishna, encontramos elementos que caracterizam as qualidades de três das principais divisões sociais da tradição hindu (sistema de castas): Krishna é um homem dos campos, que guarda os rebanhos (casta Vaishya); é também um nobre guerreiro e dá morte a inúmeros demônios (casta Kshatrya); e adota o papel de um sábio, quando transmite os ensinamentos filosóficos (“Bhagavad Gita”) para o primo Arjuna (casta Brahmane). O MITO DE KRISHNA
Krishna nasceu na cidade de Mathura. Sua mãe, Devaki, era irmã do rei Kamsa, que condenou à morte todos os filhos que Devaki desse à luz, pois existia uma predição segundo a qual um deles haveria de assassiná-lo. Krishna continuou vivendo graças à estratégia de seus pais que, para tirá-lo da fúria do rei, trocaram-no pela filha de um modesto pastor. Ele passou seus primeiros anos junto com o irmão, Balarama, entre pastores.
Poucos anos depois de nascer, dando mostras de seu extremo vigor e malícia, Krishna começou suas proezas, como a de tombar carruagens, arrancar, de molecagem, duas árvores de um só vez, lutar vitoriosamente contra uma enorme serpente e ajudar a seu irmão Balarama a aniquilar um terrível demônio.
Krishna ia crescendo pouco a pouco e transformando-se em adolescente. Num dia, em que as pastoras foram banhar-se no rio Yamuna, acercou-se cautelosamente do lugar e roubou todos os vestidos, colocando-os em uma árvore próxima ao lago. Quando as pastoras saíram da água e buscaram suas roupas em vão, empenharam-se a lamentar, sem saber que decisão tomar. Mas quando viram Krishna na copa de uma árvore contemplando-as e rindo, arrojaram-se novamente no rio e, dali, pediram que ele se apiedasse delas. Krishna não aceitou levar-lhes a roupa, e sim que fossem buscar, uma a uma, com as mãos juntas, em atitude de súplica.
Esse episódio é somente uma introdução a muitos outros parecidos. As esposas e filhas dos pastores, livrando-se de sua reserva e modéstia habituais, abandonavam seus lares e ocupações para seguir Krishna ao bosque tão logo ouvissem os sons de sua flauta. Nessas ocasiões, ele dirigia-lhes amáveis reprovações, mescladas com advertências de que só por meio da meditação nele obteriam a salvação. Eram tantas as pastoras que se enamoravam de Krishna que ele não podia dar-lhes as mãos quando dançava com elas. Então, o deus multiplicava-se em cópias precisas e cada bailarina sentia a ilusão de ter, entre suas mãos, o deus Krishna. Quaisquer que fossem as formas que adorassem, Krishna as faria livres. Algumas o conheceram e o buscaram como filho ou como amigo, outras, como amante e alguns, como inimigos, mas não se sabe de ninguém que deixou de alcançar suas bênçãos e o benefício da libertação.
Ao chegar à idade adulta, Krishna morreu acidentalmente. Estava entregue à meditação, sentado em um bosque com as pernas cruzadas, que deixavam as plantas dos pés descobertas (sabido era, tempos atrás, que o sábio Durvasa tinha o amaldiçoado em um acesso de cólera, profetizando que morreria de uma ferida no pé), quando um caçador, tomando-o por um gamo, disparou uma flecha, que se cravou em um único ponto vulnerável: o calcanhar do pé esquerdo. Muito apavorado ficou o caçador ao dar-se conta do erro cometido, mas Krishna acalmou-o dizendo que não temesse nada e que não se deixasse levar por sua dor. Essas foram as últimas palavras de consolo que pronunciou sobre a Terra. Logo, no esplendor de sua glória, subiu aos céus, onde os deuses o acolheram; contudo, as trevas caíram sobre a Terra.
Nas façanhas de sua vida, Krishna transgrediu inúmeras convenções e regras morais estabelecidas pela sociedade Brahmane: apaixonou-se pela bela Rukmini, que já estava prometida em casamento para um príncipe de uma importante família. Krishna não admitiu esse contrato e, no dia do casamento, sequestrou a jovem, matando o noivo e o irmão dela. Krishna casou-se com Rukmini e, ao longo da vida, eles tiveram onze filhos.
As transgressões desse episódio da vida de Krishna (o rapto da noiva, a grave ofensa feita a uma família, a morte do noivo e do irmão da noiva, que tentavam salvar sua honra e fazer cumprir a lei) encarnam um período em que as contestações sociais estavam sendo incentivadas pela filosofia especulativa e comportamental do Tantra (século XII).
Outra atitude pouco comum de Krishna é o fato de ter oficialmente elegido, entre as pastoras (Gopis), uma amante. Esta, esposa de um humilde camponês, chamava-se Radha. Krishna e sua amante viveram juntos momentos de intensa paixão, carregados de erotismo. Descrevendo esse romance, surgiu um livro conhecido como “Gita Govinda”, de autoria do sábio Jayadeva.
A SIMBOLOGIA DE RADHA
Radha é representada principalmente como uma subordinação pessoal voluntária ao seu amado Krishna: sua personalidade dissolvendo-se nele. Com os olhos fechados, a deusa segue-o para onde ele a leva, confiando completamente e abrindo mão do seu ego. Esta é a metáfora divina de um devoto que se funde com seu deus. Por extensão, também simboliza um ser amado que se funde com o seu amor.
Em algumas representações, a relação de Radha e Krishna é recíproca e expressa um amor totalmente maduro, no qual a confiança e o respeito um pelo outro profundos que o desrespeito é inimaginável. Essas imagens sugerem que, quando duas pessoas se amam, ocorre uma mistura de mentes e corpos, os egos são abandonados, e aquele que ama e o ser amado ocupam posições iguais, o que não somente sublima as emoções sexuais como também fornece um apoio divino para as paixões internas.
A natureza divina de Radha está na exaltação e transfiguração de algumas das emoções humanas mais básicas e arquetípicas. Duas de suas características: mahabhava (grande sentimento) e premabhakti (devoção do amor desinteressado) apontam para a intensidade e a pureza do seu amor, emprestando-lhe uma qualidade metafísica. Os devotos de Radha, tipicamente, não se relacionam com ela pedindo-lhes favores terrenos, mas absorvendo-se no desdobramento da história minuciosamente detalhada do seu amor por Krishna.
MANTRAS RELACIONADOS À ENERGIA DIVINA DE KRISHNA
Om Hrisi Keshaya Namah
Mantra de Krishna para a felicidade e que pode ser entoado, também, para despertar todos os nossos potenciais.
Om Govindaya Namah
Govinda é o chefe dos pastores e este mantra é uma alusão ao mestre Krishna, o pastor dos espíritos, entoado por aqueles que buscam orientação mística interior.
Om Madhusudanaya Namah
O mantra que homenageia Krishna, o matador de demônios, deve ser entoado para proteger-nos de inimigos.
Om Namo Bhagawate Vasudevaya
Este é o mantra de proteção que invoca Vasudeva, o pai de Krishna.
Om Sri Krishnaya Govindaya Vallabrava Swaha
A repetição deste mantra sagrado aumente sensivelmente nosso poder de cura energética.
MANTRAS PARA RADHA RELACIONADOS AO AMOR
Om Radha Krishnaya Namaha
Mantra para construir um amor conjugal elevado no plano terrestre, onde o cuidado e a intimidade podem ser grandemente intensificados. Esse mantra também funciona poderosamente em relacionamentos onde há um compromisso genuíno entre as duas pessoas, mas também pode ser utilizado por qualquer dos cônjuges de um casamento para o melhoramento gradual, mas seguro, do relacionamento como um todo.
Om Parama Prema Rupaya Namaha
Mantra para trazer à sua vida a mais elevada expressão possível do amor. Se esse amor possuir alguma implicação de caráter sexual, a importância, no caso, desse incidente, é o amor que proveio dele, um amor que durou um longo tempo mesmo depois que o aspecto sexual já tenha terminado. Nós também podemos ingressar num relacionamento em que a parte sexual, por alguma razão ou outra, chega ao fim. Mas isso não precisa ser o fim do nosso amor. Esse mantra também pode trazer uma visão do êxtase divino através do bem-amado.
Aham Prema
Mantra para se tornar a forma mais elevada de amor que você pode ser. Com esse mantra simples, você afirma a sua própria natureza essencial como uma natureza de amor divino. A vibração desse mantra começa o processo de transformação de todo o seu corpo, ser, natureza e espírito numa emanação, a sua própria emanação particular, do amor divino.
Brahma ou Brama é um Deus da religião hindu, considerado o criador do universo, dos deuses e do conhecimento. Brahma é representado com quatro cabeças e quatro braços e aparece sentado em um cisne.
Na religião hindu, Brahma é o primeiro Deus da Trimúrti, uma trindade do hinduísmo. Brahma possui quatro cabeças pois, ao criar a Deusa do conhecimento, ela corria para todos os lados e para cada lado que ela corria nascia uma cabeça, o que significa todas as direções do conhecimento. Brahma é o mome de uma cerveja, criada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 1888, pela Companhia Cervejaria Brasileira. A Brahma é uma marca de cerveja muito consumida no Brasil e em diversos países. A empresa foi adquirida pelo grupo Ambev. A cerveja está presente em mais de 15 países no mundo todo, como Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra, China, Holanda etc.
Brahma é também o nome de uma raça de galinha asiática, originária da Índia.
símbolo do OM (ॐ) costuma ser estampado em camisetas, gravado na pele em tatuagens e visto em inúmeros materiais eletrônicos. Mesmo com toda essa popularidade, são poucas as pessoas que sabem o que ele verdadeiramente significa. Antes de qualquer coisa, “OM” é o mantra mais relevante do hinduísmo, ou das religiões indianas como um todo. Ele está presente no início e no fim de todas as orações verbalizadas do hinduísmo, assim como o “amém” nas orações dos cristãos.
Além de ser o mantra mais importante, o OM – ou Aum – é considerado o som que tem mais poder, pois é uma representação da voz do criador durante a criação de todo o universo. É nele que todos os sons, mantras e palavras estão unidos; ele é tido como o primeiro som existente. Você sabia que o “OM” é considerado o mantra mais importante do hinduísmo? Confira o artigo, aprofunde-se no conhecimento desse significado e entenda o seu poder!